Obstáculos à Produção do Conhecimento Científico nas Ciências Sociais e regras que possibilitam a objectividade na investigação e interpretação da realidade social:
Na investigação da realidade social, o cientista social tem de fazer uma ruptura com o conhecimento do senso comum. Esta forma de conhecimento vulgar e prático com que orientamos as nossas acções e damos sentido à nossa vida quotidiana, constitui um obstáculo à produção do conhecimento científico da realidade social.
Obstáculos que o conhecimento do senso comum põe à produção do conhecimento científico:
1 - Proximidade, familiaridade com a realidade social,
2 - Explicações da realidade social de tipo:
- naturalista,
- individualista,
- etnocentrista.
CONTINUA...
Como se consegue a Objectividade em Ciências Sociais:
Em Ciências Sociais, a objectividade na investigação pode ser prejudicada pelo facto de o investigador poder projectar na investigação da realidade social, e interpretação dos factos sociais, a sua subjectividade e razões de natureza ideológica.
Devem, portanto, adoptar-se na investigação científica, em Ciências Sociais, algumas regras ou posições de princípio, para que, os dados obtidos e os conhecimentos alcançados, se revistam da objectividade necessária e característica do conhecimento científico.
O Sociólogo é, como qualquer cidadão, membro de uma sociedade, pertence a uma cultura, está integrado num determinado sistema laboral, ocupa os seus tempos livres, como as demais pessoas, etc. Todas estas situações, toda esta familiaridade e proximidade com o objecto de estudo – a realidade social - podem constituir obstáculos à objectividade na sua investigação. Por isso é necessário que o investigador, no processo de produção do conhecimento científico, em Ciências Sociais, tenha presentes um conjunto de regras que deve respeitar, por exemplo:
1 – Regra da Objectividade,
2 – Regra do Concreto,
3 – Regra da Ignorância Consciente ou Princípio da Não-Consciência,
4 – Regra da Determinação do Facto,
5 – Regra da Totalidade Solidária.
Devem, portanto, adoptar-se na investigação científica, em Ciências Sociais, algumas regras ou posições de princípio, para que, os dados obtidos e os conhecimentos alcançados, se revistam da objectividade necessária e característica do conhecimento científico.
O Sociólogo é, como qualquer cidadão, membro de uma sociedade, pertence a uma cultura, está integrado num determinado sistema laboral, ocupa os seus tempos livres, como as demais pessoas, etc. Todas estas situações, toda esta familiaridade e proximidade com o objecto de estudo – a realidade social - podem constituir obstáculos à objectividade na sua investigação. Por isso é necessário que o investigador, no processo de produção do conhecimento científico, em Ciências Sociais, tenha presentes um conjunto de regras que deve respeitar, por exemplo:
1 – Regra da Objectividade,
2 – Regra do Concreto,
3 – Regra da Ignorância Consciente ou Princípio da Não-Consciência,
4 – Regra da Determinação do Facto,
5 – Regra da Totalidade Solidária.
1 – Regra da Objectividade:
De acordo com esta regra os factos sociais devem ser tratados como coisas.
Émile Durkheim defende a neutralidade do pesquisador para alcançar a objectividade. Para isso, deve abandonar todas as pré-noções adquiridas sobre a realidade social, derivadas da familiaridade com os fenómenos sociais e de um possível envolvimento directo ou empenhamento pessoal em muitos deles.
A procura da objectividade na análise social é uma tentativa de obter a exactidão das análises aplicadas nas ciências exactas. Para isso, os factos sociais devem ser tratados como coisas, como objectos, fenómenos que lhe são exteriores e que podem ser observados e medidos de forma objectiva.
A procura da objectividade na análise social é uma tentativa de obter a exactidão das análises aplicadas nas ciências exactas. Para isso, os factos sociais devem ser tratados como coisas, como objectos, fenómenos que lhe são exteriores e que podem ser observados e medidos de forma objectiva.
2 – Regra do Concreto:
Segundo a regra do concreto, as informações que constituem a matéria-prima do conhecimento sociológico são informações da realidade social, de situações concretas da vida em sociedade. A construção do conhecimento da realidade social, faz-se a partir da investigação efectiva dos factos concretos, e não com base em deduções teóricas, sem ter em conta os factos objectivos, tal como eles se apresentam nas sociedades.
3 - Regra da Ignorância Consciente ou Princípio da Não-Consciência:
O Sociólogo como que finge que nada sabe sobre os fenómenos que vai investigar, embora tenha consciência de que já tem pré-noções acerca deles. O sociólogo deve partir do “conhecimento zero” para a sua investigação, deve fazer “tábua rasa” das noções adquiridas empiricamente.
A regra da ignorância consciente ou princípio da não-consciência, “significa que nos proibimos por questões de método, de fazer a hipótese de que é interrogando a consciência que se pode obter dela a explicação dos comportamentos humanos que se tentam explicar sociologicamente”. O sociólogo deve, conscientemente e por sistema, questionar qualquer conhecimento anterior do facto social que está a estudar, testando-o ou ignorando-o.
A regra da ignorância consciente ou princípio da não-consciência, “significa que nos proibimos por questões de método, de fazer a hipótese de que é interrogando a consciência que se pode obter dela a explicação dos comportamentos humanos que se tentam explicar sociologicamente”. O sociólogo deve, conscientemente e por sistema, questionar qualquer conhecimento anterior do facto social que está a estudar, testando-o ou ignorando-o.
4 – Regra da Determinação do Facto:
De acordo com a regra da determinação do facto, o investigador obriga-se a definir e delimitar com precisão, no espaço e no tempo, os fenómenos em estudo.
5 – Regra da Totalidade Solidária:
A investigação dos factos sociais deve ter em conta que eles se caracterizam por uma multiplicidade de relações e de perspectivas de abordagem possíveis. Qualquer investigação de um facto social específico não pode deixar de ser enquadrada no todo social a que pertence.
A este propósito podes rever a matéria sobre o “fenómeno social total.”
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