Seomara da Costa Primo
Comenta, Critica, Sugere...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Métodos e Técnicas de Investigação.
Como vou estudar?
Conjunto de técnicas disponíveis, das quais, o sociólogo, sob o comando da teoria, vai escolher as mais adequadas à sua pesquisa, de acordo, com o método definido.
Estas técnicas podem ser:
- Documentais
- Clássicas
- Modernas
- Análise de conteúdo
- Semântica quantitativa
- Não documentais (observação)
- Observação participante
- Observação-participação
- Participação-observação
- Observação não participante
- Inquérito por questionário
- Entrevista
- Teste de opinião e atitudes
- Sondagem
Técnicas documentais:
- Modernas
Análise de conteúdo – Visa isolar na massa dos textos (escritos e orais) as linhas mestras que lhe dão o seu sentido real. Permite captar, além da informação explícita das mensagens, as condições teórico-ideológicas em que as mesmas são produzidas.
Técnicas não documentais
- Observação participante
As técnicas de observação participante caracterizam-se pela inserção do observador no grupo observado:
Observação-participação – Se o investigador apenas se integra no grupo a partir do momento em que se inicia o processo de investigação;
Participação-observação - Se o observador faz parte integrante de um grupo e aproveita esta situação para o estudar.
- Observação não participante
Inquérito por questionário
Tipos de inquérito:
- Quanto à administração das respostas
- Directa ou auto-administrada: o inquirido regista as suas próprias respostas
- Indirecta: o inquiridor formula a pergunta e regista a resposta do inquirido
- Quanto ao grau de abertura das perguntas
- Questões abertas: o inquirido pode responder livremente (difícil tratamento)
- Questões fechadas: o inquirido tem de optar por uma lista de respostas (fácil tratamento,análise extensiva.)
Fases do inquérito:
- Planeamento
- Preparação do instrumento de recolha de dados
- Trabalho no terreno
- Análise dos resultados
- Apresentação dos resultados
Entrevista
Tipos de entrevista:
- Abertas: carácter intensivo, questões de resposta livre, pequeno grau de estruturação. Permite aprofundamento da informação, mas é dificilmente generalizável.
- Fechadas: carácter extensivo, perguntas curtas e estruturadas, alto grau de estruturação. Permite mais facilmente a generalização, sendo por isso mais superficial.
Testes de atitudes e de opinião – Utilizam um sistema pré-construído de proposições sobre as quais o inquirido toma posição, permitindo assim avaliar certas características individuais: Aptidões, inteligência, personalidade, atitudes, opiniões.
Sondagens – Visa obter a opinião dos inquiridos sobre determinado assunto.
Monografias – É uma forma de apresentação dos resultados quando se utiliza o método de casos ou de analise intensiva. Consiste numa descrição, minuciosa e aprofundada, de um grupo social.
domingo, 23 de março de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
Sociedade da Informação
Território: implicações do digital
From: lmbg, 1 week ago
Apresentação realizada num evento do Tâmega Digital, dia 27 de Fevereiro
SlideShare Link
terça-feira, 4 de março de 2008
Reprodução e Mudança Social
Reprodução e Mudança Social
From: alfredogarcia, 6 hours ago
Sociologia: Reprodução e Mudança Social.
SlideShare Link
sábado, 1 de março de 2008
Reprodução Social
REPRODUÇÃO SOCIAL
Processo de constante renovação da produção material e cultural dos seres humanos, processo esse determinado pelas necessidades de produção e reprodução económicas e pelo interesse da classe dominante em manter a ordem social.
Jorge Pité, Dicionário de Sociologia, Editorial Presença, 2ª edição, 2004, Lisboa
REPRODUÇÃO CULTURAL E REPRODUÇÃO SOCIAL
De acordo com o sociólogo francês Pierre Bourdieu, reprodução cultural é o processo social pelo quala culturas são reproduzidas através de gerações, sobretudo pela influência socializante de grandes instituições. Bourdieu aplicou o conceito, em especial, a maneira como instituições sociais, como escolas, são usada para transmitir idéias culturais que servem de base e dão respaldo à posição privilegiada das classes dominantes ou governantes.
A reprodução cultural faz parte de um processo mais amplo de reprodução social através do qual sociedades inteiras e suas características culturais, estruturais e ecológicas são reproduzidas por um processo que invariavelmente envolve certo volume de mudança. Da perspectiva marxista, a reprodução social é sobretudo de escopo económico, incluindo as relações de produção, as forças produtivas e a FORÇA do TRABALHO da classe operária. Em sentido mais vasto, contudo, ela inclui muito mais do que isso, da forma das instituições religiosas e linguagens às variedades de música e outros produtos culturais.
Dicionário de Sociologia, Allan G. Johnson, Jorge Zahar Editor, 1997, Rio de Janeiro
Conjunto de acções e mecanismos sociais orientados no sentido de assegurar a ordem social estabelecida (status quo ou establishment).
Porém, a sua continuidade exige também que sejam garantidas as possibilidades futuras da produção. Cada formação social deve assegurar-se de que as gerações vindouras poderão continuar a produzir, garantindo, assim, a sua reprodução.
Ao assegurar a reprodução material, a sociedade deverá garantir também a sua reprodução cultural e ideológica.
Se os valores, ideias e modelos que sustentam o funcionamento de uma sociedade e que traduzem sempre uma certa hierarquia social não forem reproduzidos, esses alicerces sociais transforma-se-ão e, com eles, todas as características da formação social.
A reprodução cultural e ideológica assegura a aceitação do sistema de estratificação social vigente.
A reprodução da força de trabalho é condição indispensável à reprodução social.
A reprodução da força de trabalho exige que cada um de nós tenha acesso aos resultados da produção.
Nas formações sociais em que os indivíduos se situam em estratos e classes sociais que se posicionam de forma diferenciada face à propriedade dos meios de produção, a reprodução da força de trabalho tem sido assegurada pelo salário.
O salário deverá assegurar a reprodução da força de trabalho, garantindo a sobrevivência dos trabalhadores e ainda dos seus descendentes, pois são eles que irão garantir a continuidade do processo produtivo.
.
A reprodução social reproduz, também, o sistema de estratificação social que caracteriza a formação social.
.
A reprodução de certo sistema de hierarquias exige que se mantenham os diferentes tipos de relações que se estabelecem entre os indivíduos, ao longo do processo produtivo.
As relações de dependência e de subordinação deverão ser reproduzidas, como factor imprescindível à reprodução do modo de produção dominante.
A reprodução social exige, pois, não só a reprodução das forças produtivas, isto é, a força de trabalho e os meios de produção, mas também a reprodução das relações sociais de produção.
Em todo este processo de reprodução social, a ideologia tem um papel fundamental.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Alberto Caeiro - Poemas Completos
Poemas Completos de Alberto Caeiro - Fernando Pessoa
From: vestibular, 1 year ago
by Etapa Vestibulares
SlideShare Link
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
From: fromgaliza, 8 months ago
Trabalho para exposiçom oral no 4º ano de Português na EOI da corunha
SlideShare Link
Jogos de Matemática - 4º Campeonato Nacional
Jogos Matemática Minho
From: alfredogarcia, 56 minutes ago
Jogos de Matemática - 4º Campeonato Nacional, Final.
Pavilhão Desportivo, Campus Gualter, Braga, Universidade do Minho.
29 de Fevereiro mde 2008.
SlideShare Link
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Instituições Sociais
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Insucesso Escolar
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Sociedade e Indivíduo
CULTURA. "Forma comum e aprendida da vida, que compartilham os membros de uma sociedade, e que consta da totalidade dos instrumentos, técnicas, instituições, atitudes, crenças, motivações e sistemas de valores que o grupo conhece (Foster)."
.
Quando usamos o termo, na conversa quotidiana comum, pensamos muitas vezes na «cultura» como equivalente às «coisas mais elevadas do espírito» – arte, literatura, música e pintura. Os sociólogos incluem no conceito estas actividades, mas também muito mais. A cultura refere-se aos modos de vida dos membros de uma sociedade, ou de grupos dessa sociedade. Inclui a forma como se vestem, os costumes de casamento e de vida familiar, as formas de trabalho, as cerimónias religiosas e as ocupações dos tempos livres. Abrange também os bens que criam e que se tornam portadores de sentido para eles – arcos e flechas, arados, fábricas e máquinas, computadores, livros, habitações.
A «cultura» pode ser distinguida conceptualmente da «sociedade», mas há conexões muito estreitas entre estas noções. Uma sociedade é um sistema de inter-relações que ligam os indivíduos em conjunto. Nenhuma cultura pode existir sem uma sociedade. Mas, igualmente, nenhuma sociedade existe sem cultura. Sem cultura, não seríamos de modo algum «humanos», no sentido em que normalmente usamos este termo. Não teríamos uma língua em que nos expressássemos, nem o sentido da autoconsciência, e a nossa capacidade de pensar ou raciocinar seria severamente limitada [...].
O principal tema deste capítulo e do próximo é, de facto, o da relação entre a herança biológica e a herança cultural da humanidade. As questões relevantes são: o que distingue os seres humanos dos animais? De onde provêm as nossas características distintivamente «humanas»? Qual a natureza da natureza humana? Estas questões são cruciais para a Sociologia, porque são as bases de todo o seu campo de estudo. Para lhes responder, devemos analisar tanto o que os humanos têm em comum como as diferenças entre as diversas culturas.
As variações culturais entre seres humanos estão ligadas a diferentes tipos de sociedade [...].»
A Giddens – Sociologia, FCG, pp.46-47
.
Padrões de cultura e etnocentrismo cultural:
«Diversidade cultural, etnocentrismo e relativismo
.
É norma socialmente reconhecida entre nós que devemos cuidar dos nossos pais e de familiares quando atingem uma idade avançada; os Esquimós deixam-nos morrer de fome e de frio nessas mesmas condições. Algumas culturas permitem práticas homossexuais enquanto outras as condenam (pena de morte na Arábia Saudita). Em vários países muçulmanos a poligamia é uma prática normal, ao passo que nas sociedades cristãs ela é vista como imoral e ilegal. Certas tribos da Nova Guiné consideram que roubar é moralmente correcto; a maior parte das sociedades condenam esse acto. O infanticídio é moralmente repelente para a maior parte das culturas, mas algumas ainda o praticam. Em certos países a pena de morte vigora, ao passo que noutras foi abolida; algumas tribos do deserto consideravam um dever sagrado matar após terríveis torturas um membro qualquer da tribo a que pertenciam os assassinos de um dos seus.
Centenas de páginas seriam insuficientes para documentarmos a relatividade dos padrões culturais, a grande diversidade de normas e práticas culturais que existem actualmente e também as que existiram.
Até há bem pouco tempo muitas culturas e sociedades viviam praticamente fechadas sobre si mesmas, desconhecendo-se mutuamente e desenvolvendo bizarras crenças acerca das outras.
Os europeus que viajaram para as Américas no século XVI acreditavam que iam encontrar gigantes, amazonas e pigmeus, a Fonte da Eterna Juventude, mulheres cujos corpos nunca envelheciam e homens que viviam centenas de anos. Os índios americanos foram inicialmente olhados como criaturas selvagens que tinham mais afinidades com os animais do que com os seres humanos. Paracelso, nunca lá tendo ido, descreveu o continente norte-americano povoado por criaturas que eram meio homens meio bestas. Julgava-se que os índios, os nativos desse continente, eram seres sem alma nascidos espontaneamente das profundezas da terra. O bispo de Santa Marta, na Colômbia, descrevia os indígenas como homens selvagens das florestas e não homens dotados de uma alma racional, motivo pelo qual não podiam assimilar nenhuma doutrina cristã, nenhum ensinamento, nem adquirir a virtude.
Anthony Giddens, Sociology, Polity Press, Cambridge, p. 30
Durante o século XIX os missionários cristãos em África e nas ilhas do Pacífico forçaram várias tribos nativas a mudar os seus padrões de comportamento. Chocados com a nudez pública, a poligamia e o trabalho no dia do Senhor, decidiram, paternalistas, reformar o modo de vida dos "pagãos". Proibiram os homens de ter mais de uma mulher, instituíram o sábado como dia de descanso e vestiram toda a gente. Estas alterações culturais, impostas a pessoas que dificilmente compreendiam a nova religião, mas que tinham de se submeter ao poder do homem branco, revelaram-se, em muitos casos, nocivas: criaram mal-estar social, desespero entre as mulheres e orfandade entre as crianças.
Se bem que o complexo de superioridade cultural não fosse um exclusivo dos Europeus (os chineses do século XVIII consideraram desinteressantes e bárbaros os seus visitantes ingleses), o domínio tecnológico, científico e militar da Europa, bem vincado a partir das Descobertas, fez com que os Europeus julgassem os próprios padrões, valores e realizações culturais como superiores. Povos pertencentes a sociedades diferentes foram, na sua grande maioria, desqualificados como inferiores, bárbaros e selvagens.
O etnocentrismo é a atitude característica de quem só reconhece legitimidade e validade às normas e valores vigentes na sua cultura ou sociedade. Tem a sua origem na tendência de julgarmos as realizações culturais de outros povos a partir dos nossos próprios padrões culturais, pelo que não é de admirar que consideremos o nosso modo de vida como preferível e superior a todos os outros. Os valores da sociedade a que pertencemos são, na atitude etnocêntrica, declarados como valores universalizáveis, aplicáveis a todos os homens, ou seja, dada a sua "superioridade" devem ser seguidos por todas as outras sociedades e culturas. Adoptando esta perspectiva, não é de estranhar que alguns povos tendam a intitular-se os únicos legítimos e verdadeiros representantes da espécie humana.
Quais os perigos da atitude etnocêntrica? A negação da diversidade cultural humana (como se uma só cor fosse preferível ao arco-íris) e, sobretudo os crimes, massacres e extermínios que a conjugação dessa atitude ilegítima com ambições económicas provocou ao longo da História.
Depois da Segunda Guerra Mundial e do extermínio de milhões de indivíduos pertencentes a povos que pretensos representantes de valores culturais superiores definiram como sub-humanos, a antropologia cultural promoveu a abertura das mentalidades, a compreensão e o respeito pelas normas (valores das outras culturas Mensagens fundamentais: a) Em todas as culturas encontramos valores positivos e valores negativos; b) Se certas normas e práticas nos parecem absurdas devemos procurar o seu sentido integrando-as na totalidade cultural sem a qual são incompreensíveis, c) O conhecimento metódico e descomplexado de culturas diferentes da nossa permite-nos compreender o que há de arbitrário nalguns dos nossos costumes, torna legítimo optar, por exemplo, por orientações religiosas que não aquelas em que fomos educados, questionar determinados valores vigentes, propor novos critérios de valoração das relações sociais, com a natureza, etc.
A defesa legítima da diversidade cultural conduziu, contudo, muitos antropólogos actuais a exagerarem a diversidade das culturas e das sociedades: não existiriam valores universais ou normas de comportamentos válidos independentemente do tempo e do espaço. As valorações são relativas a um determinado contexto cultural, pelo que julgar as práticas de uma certa sociedade, não existindo escala de valores universalmente aceite, seria avaliá-los em função dos valores que vigoram na nossa cultura.
Cairíamos de novo, segundo a maioria dos antropólogos, nessa atitude dogmática que é o etnocentrismo.»
.
RODRIGUES, Luís (2003). Filosofia 10.º ano. Lisboa: Plátano Editora.